Laboratório de Estudos sobre Circulação, Transporte e Logística
  • Notas sobre a política neoliberal no Paraná

    Publicado em 06/07/2024 às 12:00

    Por prof. Dr. Nelson Fernandes Felipe Junior
    Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
    Docente do curso de Geografia (Licenciatura e Bacharelado) e do Programa de Pós-Graduação em Integração Contemporânea da América Latina (PPGICAL)

    A classe trabalhadora do estado do Paraná vem sofrendo nos últimos anos com o governo de Ratinho Júnior, em decorrência da política neoliberal e dos ataques e prejuízos por parte dos funcionários públicos, especialmente os professores. Considerando o momento adverso, este texto tem como objetivo apresentar dois fatos relevantes que evidenciam esse contexto, quais sejam: a transferência da Copel ao capital privado e a concessão de escolas públicas.

    O caso da Copel

    Ratinho Júnior no leilão da Copel Telecom, em 2020 (foto: Rodrigo Félix /AEN; fonte: Brasil de Fato).

    O início da desestatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel) ocorreu em novembro de 2020, quando o grupo paulista Bordeaux Fundo de Investimento e Participações Multiestratégia adquiriu a Copel Telecom – empresa responsável pelo setor de telecomunicações da estatal paranaense – em leilão realizado na B3 (a Bolsa de Valores de São Paulo). O mesmo Fundo de Investimento tinha adquirido, em 2020, o controle da Sercomtel Telecomunicações – empresa que tinha como principais acionistas a Prefeitura de Londrina (55%) e a Copel (45%) (COPEL, 2020).

    Apesar de grande parte da mídia, dos partidos políticos e dos segmentos burgueses apoiarem a decisão do governo estadual, a transferência da Copel Telecom ao capital privado representa um equívoco do ponto de vista do desenvolvimento econômico e social, e elucida a política neoliberal do atual governo do Paraná. Com esse processo de simples transferência do patrimônio público ao capital privado, a Copel Telecom tem como premissa focar os investimentos em localidades que sejam mais lucrativas à empresa, desfavorecendo, portanto, os grupos de menor renda e as regiões e/ou cidades que possuem um reduzido mercado consumidor de internet.

    A Copel Telecom era uma empresa dinâmica e lucrativa e, segundo diversos especialistas, realizava um dos melhores serviços de internet do país (totalmente em fibra óptica), sendo importante para a economia e a sociedade paranaense, especialmente considerando a tecnologia 5G. Além disso, a própria Companhia Paranaense de Energia utilizava-se dos serviços e da infraestrutura da Copel Telecom para realizar as operações no sistema elétrico no estado do Paraná.

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  • Artigo sobre o setor portuário da região Nordeste do Brasil

    Publicado em 19/06/2024 às 08:00

    Publicação do trabalho intitulado "O setor portuário da região Nordeste: algumas considerações sobre a sua dinâmica recente" escrito por Nelson Fernandes Felipe Junior (UNILA) e Ronald dos Santos Pereira (UFS).
    Resumo: O presente artigo tem como objetivo principal analisar a dinâmica recente do setor portuário da região Nordeste, com destaque aos fluxos de cargas e às modernizações. Os complexos portuários são relevantes para a atividade produtiva, estimulam os serviços e o comércio e suprem parte das demandas econômicas e sociais internas e externas. Entretanto, o setor portuário nordestino apresenta pontos de estrangulamento e necessita de uma modernização mais ampla. O fomento dos portos, dos terminais privados e do transporte marítimo depende do planejamento estatal setorial, dos investimentos públicos e privados, da incorporação tecnológica, das estratégias logísticas, de um sistema normativo e tributário adequado, entre outros. No Nordeste há uma concentração dos fluxos e das modernizações em alguns complexos portuários, como Suape/PE, Pecém/CE, Fortaleza/CE, Itaqui/MA, Ponta da Madeira/MA, Salvador/BA e Aratu/BA, contudo, outros portos e terminais apresentam limitações e um volume de movimentação de cargas reduzido. Em relação aos procedimentos metodológicos adotados na pesquisa e na elaboração do artigo, têm-se: a revisão da bibliografia referente à Geografia Econômica, com proeminência aos portos e ao transporte marítimo; a aquisição de dados e informações em sites, revistas e jornais que tratam da temática; e a elaboração de tabelas e cartogramas.
    Confira o novo número – v. 5, n. 5 – e os demais Textos para Discussão clicando neste link.


  • Grupo de estudos promove 3º ciclo de palestras sobre transportes e infraestrutura

    Publicado em 27/05/2024 às 12:00

    Link para a transmissão do primeiro dia (03/06): clique aqui

    Link para a transmissão do segundo dia (04/06): clique aqui


  • Publicação de trabalho sobre a renovação urbana no centro de Florianópolis e outros processos espaciais

    Publicado em 20/05/2024 às 09:19

    Publicação do trabalho intitulado "Transformações no centro de Florianópolis: investimentos, renovações urbanas e gentrificação" escrito por German Gregório Monterrosa Ayala Filho e Luciana de Mello Battini.

    Resumo: As áreas centrais das cidades são frequentemente foco de investimentos e projetos de renovações urbanas, que podem desencadear uma multiplicidade de disputas. A partir disso, processos de gentrificação podem emergir como uma força transformadora, capaz de reconfigurar os centros urbanos, expulsando antigos residentes e comerciantes para dar lugar a: elites econômicas ávidas por espaços renovados; promoção de atividades turísticas; elitização do comércio e; ampliação dos lucros do mercado imobiliário. Nesse contexto, nosso objetivo é mapear e analisar alguns processos espaciais que moldaram o Centro de Florianópolis ao longo das últimas duas décadas, destacando as implicações dessas mudanças. Para isso, adotamos uma metodologia que combina análise documental e trabalho de campo. Os investimentos analisados foram: a renovação da Rua Vidal Ramos, o projeto Viva a Cidade, a renovação do Mercado Público e projetos propostos para a porção Centro-Leste. Concluímos que os recentes investimentos da Prefeitura de Florianópolis estão reconfigurando a composição social do Centro da cidade, contribuindo para processos de higienização social, elitização e gentrificação em Florianópolis. Essas transformações apontam para uma dinâmica que, embora possa incentivar comércio e turismo, também acentua opressões e desigualdades de acesso à cidade.

    Confira o novo número – v. 5, n. 4 – e os demais Textos para Discussão clicando neste link.


  • 43ª SEMAGEO

    Publicado em 16/05/2024 às 10:39

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