Eventual governo Temer não pacificará nem retomará crescimento

05/05/2016 13:00

Rodeado por indiciados e delatados, de popularidade medíocre e com propostas impopulares, eventual governo de Temer não conseguirá pacificar o país nem retomar crescimento. Expectativa é que militantes pró-impeachment migrem para movimento Fora Temer e paralisem o país.

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Brasília – Para oficializar a cartada final para a admissibilidade do processo de impeachment da titular da cadeira de presidente do Brasil, o vice, Michel Temer (PMDB), reuniu sob a batuta do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), 85% de deputados indiciados, delatados ou réus. Para formar este time, Temer prometeu ministérios e cargos de alto escalão em empresas públicas aos parlamentares do “bonde do impeachment”.

A construção política do processo de impedimento de Dilma se deu com base na estratégia de paralisação de seu governo, ao passo que deputados aliados de Temer trabalharam, com dedicação exclusiva, nos últimos 18 meses, para obstruir pautas que pudessem facilitar o caminho para a retomada do crescimento, via Câmara dos Deputados. Enquanto isso, formulava as propostas que viriam a compor a “Ponte para o Futuro”.

Uma ponte para a união dos protestos

Como parte da estratégia para tomar o poder, o PMDB lançou, em outubro de 2015, o programa “Uma Ponte Para o Futuro”, onde acenava para o capital estrangeiro e especulativo, além dos grandes conglomerados econômicos. Deixava claro para estes setores qual seria o retorno caso apoiassem o processo de impeachment. No Brasil, prontamente, Fiesp e similares, câmaras de dirigentes lojistas e associações comerciais, lojas maçônicas e grupos patronais abraçaram o projeto e passaram a investir nele.

Em recentes declarações, sob o efeito do “já ganhou”, Temer tem deixado clara sua intenção de flexibilizar a legislação trabalhista e desvincular receitas da União para saúde e educação. Com isso, o vice mostra aos empresários que está disposto a facilitar a terceirização e reduzir direitos dos trabalhadores, além de sinalizar aos planos de saúde e universidades privadas que reduzirá significativamente o investimento em saúde e educação públicas. Ao capital estrangeiro, a piscadela comporta as privatizações.

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A FALTA DE NACIONALISMO E A IMINÊNCIA DO GOLPE NEOLIBERAL NO BRASIL

12/03/2016 13:00

Diante do agravamento da crise política brasileira, cresce a possibilidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A pressão especialmente do setor financeiro para a retomada plena da política neoliberal no país é apoiada pela imprensa golpista e antinacionalista (Globo, Bandeirantes, SBT, Grupo Abril etc.). O desejo de retirar o PT do governo é voraz e se expressa por um apoio popular cada vez maior, sobretudo da elite e classe média. E os jovens, como se inserem nesse processo? Parece que mesmo aqueles que cursam o ensino superior público estão cada vez mais contaminados pelo conservadorismo e pelo discurso ambiental midiático. Ideias que ratificam a desigualdade, ao invés de propor mudanças sociais e econômicas importantes no âmbito regional e nacional.

As ideias equivocadas do livre mercado e das “possibilidades infinitas” da iniciativa privada permeiam estudantes e profissionais especialmente de cursos e áreas técnicas, ou seja, acríticas e despolitizadas. Haja vista a quantidade expressiva de votos que receberam o Aécio Neves e a Marina Silva dos eleitores mais escolarizados nas eleições de 2014. Soma-se ainda, um certo desinteresse e despreocupação em relação ao conturbado contexto político e econômico do país.
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